Detalhe do rótulo da Orval
Essa foto foi cedida por Matt Caldwell – http://onebeeratatime.wordpress.com
Além de minha visita a Bruxelas e Brugge na Bélgica, fiz uma visita às cidade homônimas às minhas queridas cervejas: Rochefort, Orval e Chimay.
Neste capitulo, vou falar sobre a Orval.
Meus planos iniciais eram de visitar também a abadia de Saint Sixtus, que faz a Westvleteren, mas acho que vocês já leram sobre a minha tentativa frustrada.
Roteiro
Aluguei um carro em Bruxelas e fiz a visita de todas as abadias no mesmo dia. É tranquilo pra fazer tudo em um dia, mesmo porque pelo que pude constatar, não tem muito o que fazer nessas cidades além de visitar o mosteiro/cervejaria/pub.
Todas elas constam em regiões afastadas, quase rurais, então não espere chegar lá por transporte publico facilmente.
Alugue um carro com GPS e seja feliz.
Meu roteiro foi:
1 – De Bruxelas até Rochefort
2 – De Rochefort até Orval
3 – De Orval até Chimay
4 – De Chimay até Bruxelas
Optei por este roteiro principalmente por todas essas cidades ficarem no sul da Bélgica, e com isso fica mais facil de fazer tudo em apenas um dia.
Chegando em Orval
Indo para Orval, já pensei: “Putz… já comecei com o pé esquerdo, queria visitar a Westvleteren e estava fechada, fui até a Rochefort e também estava fechada.”
Ahhhh meu amigo… minha sorte estava por vir!
A Orval abre suas portas para visitação apenas 2 dias por ano e adivinha se estava aberta quando eu fui??? ESTAVAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!! \o/
Logo quando cheguei na abadia já tive uma surpresa: A beleza dessa abadia é única, lembra um castelo!
Bienvenue!
Logo ao chegar lá, ví que era preciso ter se registrado pelo site e eu não tinha feito isso, sendo assim, fui humildemente falar com um dos monges que estavam na entrada e como outros monges que conheci, foi extremamente simpático e me liberou a entrada.
E não foi só isso não, ainda deu um abridor de garrafa personalizado pra cada um e um vale pra tomar cerveja e comer queijo na faixa!!!
O passeio começou no inicio da linha de produção, nas tinas de mosturação
Essa é a área de fermentação, repare no cone dos cilindros de fermentação que estão na parte de cima. Esses sacos ao lado são flores inteiras de lúpulo
Durante todo o percurso há desenhos explicativos do processo de produção
Estavam com algum problema na linha de envase/rotulagem, então não consegui ver a linha funcionando, mas nos videos abaixo dá pra ter uma ideia:
Após o tour pela linha de montagem, saímos no bar improvisado, onde tínhamos Orval e queijo trapista a vontade!!! \o/
Se você nunca tomou uma Orval, talvez não entenda minha paixão por esta cerveja, que em minha opinião é uma das melhores do mundo.
Ela não se enquadra em um tipo de cerveja, por isso é enquadrada na categoria Speciality Beer.
Ela é refermentada com brettanomyces, o que dá um aroma e sabor muito distintos, além do dry hopping, que não é comum neste lado do mundo.
Tem Orval aí seu monge ?
Cortesia dos monges, Orval a vontade e um abridor personalizado
Logo na saída, eles improvisaram um bazar, onde vendiam as taças, cervejas, queijos e itens de coleção como garrafas maiores, livros, placas e bandejas.
Bandejas, baldes, livros e uma Orval gigante 🙂
Além disso, tinham vários queijos a venda. O beer chesse deles é o melhor que já comi.
Finalizando com uma servida na temperatura certa, na taça certa, pela pessoa certa!
Sem duvida a Orval é o mosteiro mais bonito que já visitei. A construção antiga tem um ar medieval de castelo e fica num campo vasto, tudo muito bonito que mistura a alta tecnologia dos equipamentos cervejeiros com o ambiente rústico e interiorano do local.
Me despedindo após uma visita agradável, regada a Orval e queijo!